sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Fanatismo Religioso-Parte 2

 Cuidados Físicos

Você alguma vez deixou de se arrumar por causa da consciência?
 Pois eu já,já fiz isto sim!Ora mas,será mesmo legal deixar de se sentir belo(a) e se descuidar achando que esta pecando!
 Se formos raciocinar, diríamos que não afinal o que que tem de errado?Você não acha?
 Mas nem sempre agimos conforme o certo,muitas vezes até mesmo nos achamos fanáticos mas,e,a consciência esta pesada e então resolvemos apelar.
 O cristão deve manter uma aparência sadia,é tão bom saber que podemos sim viver e estarmos no caminho certo,podemos se arrumar mas,sempre mantendo o bom censo.

Núbia Nataly


Departamento de ensino

Estudo bíblico
Tema: Farisaísmo
Título: Farisaísmo evangélico; uma abordagem dos usos e costumes no meio evangélico.

Aula nº 5
Assunto: Distorções doutrinárias parte I
Nas primeiras aulas estudarmos sobre o farisaísmo; aprendermos a diferença entre costume e doutrina, analisarmos textos importantes como o de Colossenses 2.16-23, e vimos que a liberdade cristã não leva ao pecado. De posse destas informações, estaremos estudando a partir deste tópico, alguns ensinamentos que fogem da Palavra de Deus, tratando-se de meros preceitos e costumes humanos, que, entretanto, levam o status de doutrina bíblica em algumas igrejas. Estes ensinos tornam a vida cristã para muitos um fardo pesado.
V- Ensinos errados quanto ao uso de jóias, enfeites e cosméticos.
Não existe na Bíblia texto algum que sirva de base para que as mulheres cristãs não usem jóias, enfeites e cosméticos em nossa época.
V.1)- No antigo testamento
O uso de jóias é visto na época do antigo testamento e pode ser notado dentre as mulheres em Israel; alguns tipos de jóias eram usadas também por homens. Vários textos da Bíblia, bem como achados arqueológicos comprovam este fato.
Presentear uma mulher com um bracelete, por exemplo, significava valorizar aquela mulher. Em uma das passagens mais lindas da Bíblia encontrada em Gn 24, na qual vemos claramente uma figura do arrebatamento da Igreja, o mordomo de Abraão presenteou a Rebeca com uma dessas jóias; vale lembrar que nesta passagem do capítulo 24 de Gênesis, o mordomo é figura do Espírito Santo; Abraão é figura de Deus Pai, Isaque é a figura de Jesus e Rebeca simboliza a Igreja. Como poderia Rebeca ser presenteada com jóias se estas fossem malignas? As jóias nesta passagem, como em algumas outras, podem simbolizar os dons do Espírito e os galardões que o Senhor tem preparado para a sua Igreja.
Em Ex 35.20-22, observamos o povo de Israel ofertando as suas jóias para a construção do tabernáculo. Como poderia acontecer isso, se as jóias fossem malignas?
Em Isaías 3. 16-24, tirar as jóias seria como um castigo para as mulheres de Israel, um símbolo da tristeza que viria sobre a nação devido a desobediência. Não eram as jóias em si que eram malignas, muito menos era pecado usá-las, mas o pecado aqui tratado não era o uso de jóias;  enfeites ou cosméticos, mas ao olharmos todo o contexto, descobrimos que Israel havia abandonado a Deus e a maldade e a injustiça se espalhava; entretanto o povo andava orgulhoso como se nada de mal fosse acontecer; suas mulheres andavam soberbas como se Deus não fosse fazer justiça. O pecado era a apostasia e o orgulho da nação!
Devido ao pecado da nação, a alegria cessaria. Veja esta realidade na tristeza que a nação viveu quando foi levada em cativeiro no Salmo 137.1-5.
As jóias são vistas como padrão de valor em algumas passagens como Pv 3.15.
Nos exemplos citados anteriormente, o uso de jóias não constituiu pecado; em contrapartida, observamos casos em que as jóias também foram usadas para a maldade, como no episódio do bezerro de ouro Êxodo 32.1-4.
Podemos então concluir que, as jóias, bem como qualquer adereço, cosmético ou práticas e costumes em geral, podem ou não agradar a Deus, dependendo do contexto; logo, não era a jóia em si o mal, mas sim como elas eram usadas, o porquê de as usarem, etc...
Um texto interessante no qual podemos notar claramente esta afirmação está em Ezequiel, capítulo 16; em especial os versículos de 9 a 17. Nos versículos 11 a 14 é usada a figura das jóias; vestes e enfeites em geral para demonstrar o que o Senhor havia feito por Judá, neste texto os enfeites tem um teor positivo; entretanto, nos versículos de 16 a 19 vemos os enfeites em uma perspectiva negativa como figura para demonstrar o modo ingrato com que Judá retribuiu o favor de Deus.
V.2)-No novo testamento
Na Bíblia, observamos também o uso de jóias entre os judeus da época de Jesus. O anel, por exemplo, poderia muitas vezes ser uma indicação de riqueza (Tiago 2..2). No caso do filho pródigo em Lc 15.22, o anel simboliza a devolução da autoridade e da posição que aquele filho havia perdido.
Como no Antigo Testamento, no Novo Testamento o uso de jóias ou qualquer tipo de adereço poderia ser pecado ou não, dependendo do contexto onde estivessem inseridos.
V.3)- Exemplos de jóias, enfeites e cosméticos na Bíblia
Na Bíblia encontramos vários tipos de enfeites e perfumes usados pelo povo. Observe os exemplos a seguir:
1º-Enfeites:
*Bracelete- Gn 24.22
*Colar- Gn 41.42; Pv 1.9; Dn 5.29
*Brincos- Ex 32.2; Pv 25.12
*Anel- Lc 15.22
2º- Perfumes, cosméticos e ungüentos: 
Os perfumes e ungüentos eram especialmente apreciados pelos povos do Antigo e Novo testamento, por causa do clima seco e escassez de água na região em que habitavam. Na época de Jesus já se utilizava o incenso para perfumar o ambiente.
Veja a seguir alguns exemplos de perfumes, cosméticos e ungüentos usados nos tempos bíblicos:
* Ct 1.12O nardo era um perfume caríssimo guardado em frascos de alabastros. Estes frascos possuíam um gargalo bastante comprido e fino, selado na ponta para evitar que o perfume evaporasse; de modo que para usar o perfume, o frasco deveria ser quebrado. Isto nos faz lembrar do banquete que Jesus participou em Betânia, na casa de Simão, o leproso; quando Maria, irmã de Marta e de Lázaro, ungiu a Jesus com nardo puro. Mt 26.6-13; Mc 14. 3-9; Jo 12. 1-8.
* Ct 1.13 - Saquitel de mirra- Pequena ampola ou saquinho que transportava uma certa quantidade de mirra ( perfume). Este saquitel era pendurado ao pescoço da mulher e exalava o cheiro agradável da mirra por muitos dias.
* Ct 1.14Flores de hena- Flor de um arbusto de tom róseo com odor parecido com o das rosas. Era encontrado em Em-Gedi (um oásis nas costas ocidentais do mar morto), local em que o cultivo desta planta era possível , bem como o  de vinhas. As folhas e flores desta planta eram pulverizadas e o pó aplicado sobre o corpo.
* A mirra e o aloés eram perfumes também preciosos e usados em especial para embalsamar os mortos. Ver Jo19.39.
* Na época de Jesus, era costume quando se recebia uma visita em casa, o anfitrião ungir a cabeça do visitante com ungüento Lc 7.46.
Fontes: O Novo dicionário/ Douglas - J.D.(Ed Vida Nova)/ Manual dos Tempos e Costumes Bíblicos/ Coleman - William L.(Ed Betânia)


Todos os exemplo que citamos, são apenas para mostrar que as jóias, enfeites, cosméticos e ungüentos não pareciam ser “tão diabólicos” quanto querem dizer alguns.



Amados, tudo o que fazemos ou usamos deve ser para a gl ória do Senhor, assim como as jóias; tudo em nossa vida deve ser feito com o cuidado de não entristecer a Deus além de não causar tropeço aos irmãos. Um bom texto para lembrarmos é I Coríntios 6.12: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas.”.
V.4)- Refutando alguns argumentos infundados
No Novo Testamento não encontramos proibição para o uso de cosméticos ou jóias para as mulheres cristãs.
Algumas denominações evangélicas distorcem alguns textos para justificarem o porquê de proibirem as mulheres de usarem qualquer tipo de enfeite, batom, etc... Os dois textos mais usados por essas igrejas não expressam nenhum tipo de proibição ao uso de jóias ou cosméticos; senão, vejamos:
A) I Tm 2.9,10
Este texto não proíbe o uso de jóias ou cosméticos. Se observarmos o contexto (versículos de 8 a 15), iremos constatar que a ênfase está na santidade e na submissão, e não nas jóias, cabelo ou roupas!
Afirmar que o texto proíbe o uso de calça comprida ou jóia; é querer forçar uma interpretação que não existe; isto é distorcer a Palavra de Deus!
Meus amados, o que o apóstolo claramente está ensinando é que a verdadeira beleza da mulher cristã está no seu interior e não no seu exterior. A mulher deve buscar o “enfeite espiritual”; a santidade e submissão tornam a mulher crente louvável; isto é diferente de dizer que as mulheres cristãs não devem se arrumar; que a mulher não deve ser escrava da vaidade, isto é uma verdade, mas daí a dizer que a Bíblia proíbe a mulher de se arrumar, ou de usar uma jóia ou cosmético, isto é um absurdo!
Se formos levar “ao pé da letra”, seria então proibido o uso de tranças nos cabelos das mulheres na igreja, ou então seria vedado às mulheres o direito de pregar ou dar estudos bíblicos; o que não é uma verdade. Poderíamos interpretar erroneamente usando o mesmo princípio no próprio versículo 9 que diz “não com tranças” e o versículo 12 que diz “não permito que a mulher ensine”.
Se aplicarmos a regra que algumas denominações utilizam para interpretarem este texto, teremos que usar esta mesma regra em todo o contexto; logo, as mulheres não poderiam fazer tranças nos cabelos. Vale lembrar ainda que nestas denominações as mulheres ostentam enormes tiaras e prendedores dos mais variados e ornamentados possíveis; isto não poderia ser vaidade?

B) II Pe 3.3
Este texto, como o anterior, fala da beleza interior da mulher; expressa em santidade e submissão. O apóstolo Pedro concorda com o que Paulo escreveu em I Timóteo, pois o mesmo Espírito os guiava ao escreverem. Neste texto também não há proibição ao uso de jóias, cosméticos, etc...
Obs: Como em todo farisaísmo, presta-se atenção a coisas sem importância, desprezando-se o ensino do Senhor. Mulheres que se orgulham por não usarem batom, ou enfeites discutem com o marido em público, “batem de frente” com o pastor, são insubmissas a autoridade do marido e da igreja, corrigem o marido publicamente, querem dar ordens, etc... Deveriam aprender com Sara!
V.5) – Conclusão:
Aprendemos nesta aula que o uso de jóias, perfumes e cosméticos não são proibidos  por Deus; aliás, vale lembrar que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, portanto, deve ser muito bem cuidado!

*Texto retirado de um blog na internet

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